top of page

Catarro que não acaba nunca? Pode ser adenoidite...

  • Foto do escritor: Dra. Juliana Justi
    Dra. Juliana Justi
  • há 3 minutos
  • 2 min de leitura


ree

As adenoides são um tecido de defesa que ficam atrás do nariz. A inflamação das adenoides pode ser passageira (aguda) ou de repetição.


Na adenoidite de repetição, a criança apresenta sintomas persistentes. A sensação é que a criança está sempre “gripada”: com febre, catarro, tosse úmida. O principal parâmetro para caracterizar o quadro é a presença de 4 ou mais infecções de vias aéreas superiores com necessidade de antibiótico em 1 ano.


A inflamação crônica pode levar a aumento no tamanho das adenoides, gerando sintomas obstrutivos. Nesse caso, a criança tende a começar a respirar muito pela boca, roncar alto a noite, ter sono agitado, babar no travesseiro. Pode acontecer também dificuldade no ganho de peso e, em casos mais graves, Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono.


O nariz possui uma função de filtro, aquece e umidifica o ar que respiramos. Quando ocorre respiração pela boca, o ar vai para o pulmão sem tratamento, podendo gerar ressecamento das vias aéreas e aumento na chance de infecções. Pode ocorrer alterações ortodônticas, pois, na tentativa de aumentar o espaço para a passagem de ar, a criança tende a jogar a língua para frente e para cima, com isso empurrando os dentes para frente e o céu da boca para cima, o que resulta, ao longo de anos, numa protrusão dentária e num palato curvo para cima.


Como as adenoides se comunicam com o nariz, a garganta e o ouvido, a hipertrofia delas e as adenoidites podem, além de prejudicar a respiração, obstruir a abertura da tuba auditiva e gerar complicações como otites de repetição e perdas auditivas. Ocorre aumento na chance de amigdalites e sinusites e, com isso, um uso repetido de antibióticos ao longo do ano.

O diagnóstico é feito a partir dos sinais e sintomas da doença e de exames como nasofibroscopia e radiografia do cavum.


A avaliação da imunidade da criança deve ser realizada e pode ser tentado o tratamento clínico com antialérgicos e corticoides nasais. Em alguns casos, isso não será suficiente e a criança vai precisar da cirurgia de retirada das adenoides. Nos quadros com hipertrofia de amigdalas associada, o procedimento proposto é a retirada dos dois (adenotonsilectomia).

Quando indicada, a cirurgia geralmente é programada para após os dois anos de idade. Na prática vemos que, na maioria das vezes, é realizada após os 4-5 anos de idade. Isso será definido pelo otorrinolaringologista de acordo com a sintomatologia e peculiaridade de cada caso… Para as crianças com real indicação, o procedimento costuma trazer um grande alívio e aumento importante na qualidade de vida!

 
 
 

Comentários


logo com letras pretas em fundo transpar

Dra. Juliana Justi © 2025 - Todos os direitos reservados.

bottom of page