Peak flow e asma: como esse dispositivo pode nos ajudar?
- Dra. Juliana Justi

- 24 de fev.
- 2 min de leitura

Já tinha ouvido falar em Peak Flow? Antes indicado para avaliação de gravidade de crises de asma, agora foi reconhecido como ferramenta para identificar obstrução das vias aéreas. Isso pode nos ajudar a identificar e controlar a Asma do paciente.
A última atualização de um dos maiores guias de Asma do mundo (GINA) aborda o uso do peak flow, também conhecido como pico de fluxo expiratório (PFE), como uma ferramenta para detectar mudanças ou tendências no controle da asma de um paciente.
O Peak Flow é um aparelho que faz a medida do fluxo máximo com que o ar sai dos pulmões após uma expiração forçada (sopro). Ele nos ajuda a entender como está a passagem do ar.
Se o paciente adquire o aparelho, fazendo medidas seriadas em casa podemos encontrar seus valores basais para usar como parâmetro.
Ao iniciar um resfriado, na dúvida se a tosse é da asma ou não, podemos usar a medida do peak flow, que as vezes pode começar a cair antes mesmo dos sintomas clássicos da crise se apresentarem. Ao detectar essa queda, podemos iniciar protocolo de crise antes de ela se agravar.
Também ao controlar os valores e sua variabilidade, o pneumo pode detectar necessidade de ajuste de dose da medicação de uso diário do paciente.
Outra mudança foi que o GINA reconheceu que o peak flow pode ser usado para registro da obstrução das vias aéreas nos pacientes que não tem acesso à espirometria.
O Peak Flow pode então nos ajudar no diagnóstico e no acompanhamento da asma. Não é regra mas crianças costumam conseguir usar de forma adequada o aparelho por volta de 4-5 anos. O aparelho infantil adequado, o método de realização e a interpretação dos valores devem ser orientados pelo pneumopediatra!




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